História e tipos de moeda

 1. Distingue troca directa de troca indirecta.

Antigamente, as trocas eram feitas trocando um produto por outro (sem uso da moeda). Trocava-se por exemplo 1kg de cenouras por 1kg de maças (ao fazermos esta troca estamos a fazer um troca direta). Quando uma pessoa tinha algo que não lhe fazia falta ou a tinha em muita quantidade vendia por troca de outras bens que lhe eram mais necessários. No entanto, a troca direta depara-se com diversos obstáculos, entre os quais a dificuldade em encontrar quem tivesse interessado na troca de determinados produtos, em chegar a um acordo quanto ao valor dos bens a trocar e a impossibilidade de fracionar certos produtos.   

Mais recentemente passou a ser utilizada a troca indireta, as trocas passaram a ser feitas em duas fases: numa primeira fase, o produtor troca o resultado da sua atividade produtiva por moeda e numa segunda fase troca a moeda pelo produto que pretende adquirir. 

2. Apresenta exemplos de bens que tenham sido utilizados como moeda.

Alguns exemplos de bens que tenham sido utilizados como moeda: as vacas, o vinho,  os cigarros, as cerveja, etc. 

3. Define moeda-mercadoria.

Nas sociedades primitivas, a moeda usada estava diretamente relacionada com a principal atividade a que cada indivíduo se dedicava e muitos bens foram utilizados como moeda (exemplos: cabeças de gado, cereais, peixes, sal). Assim, os pescadores podiam usar ,como moeda, peixes ou sal, os agricultores os cereais e os pastores as cabeças de gado. 
Esta moeda- mercadoria apresentava algumas desvantagens, por exemplo: o peixe estragava- se e o sal não era suficientemente duradouro, visto sofrer com a humidade. Devido a essas dificuldades foi-se generalizando a utilização de metais como moeda.  

4. “Para que um bem apenas sirva como moeda, esse bem deve ser inútil”. Justifica.

Um bem para desempenhar somente a função de moeda tem que não ter uma procura não monetária (sendo assim inútil). O bem tem que ser utilizado só para consumo monetário. Para um bem ser considerado como moeda não poderá possuir algum tipo de valor se não o sei valor como moeda certamente diminuirá. 

No caso do ouro este é um bem que não serve para desempenar a função de moeda, porque existe uma elevada procura não monetária por ele. Uma moeda de ouro pode ser facilmente derretida e esse ouro extraído pode ser utilizado por ourives para ser transformado em joias. 

5. Refere as características que um bem deve apresentar para funcionar adequadamente como moeda.

Para que um bem possa ser usado como moeda deve ter as seguintes características: manter o seu valor (o material do qual a moeda é constituída não deve ganhar nem perder valor), ser difícil de ser falsificada (para não acontecer fraudes), divisibilidade (que é precisa na realização de trocos, as moedas apresentam- se em múltiplos), prática de se movimentar (deve ser um bem não muito volumoso e que seja leve, pois um bem que seja volumoso e considerado pesado é difícil de ser utilizado nas trocas), durabilidade (têm que ser um bem seja resistente à degradação, porque um bem se estiver degradado o seu valor será alterado e o que certamente irá dificultar o seu uso nas trocas), aceitabilidade geral (ser aceite por todas as pessoas), pouca procura não monetária (tem que ser um bem inútil, ser usado apenas para a função de moeda e não ter uma segunda possível utilização). 

6. Define moeda de papel (primeiras notas).

A partir da expansão europeia, o elevado incremento do comércio originou o transporte de enormes quantidades de moeda, o que era difícil e inseguro. Para resolver este problema, os ourives e os cambistas, ao receberem as moedas, guardavam-nas e emitiam os seus respetivos certificados de deposito ou letras de câmbio de fácil transporte, originando, então, o aparecimento da moeda-papel.

A moeda de papel começou por ser uma moeda representativa, pois à quantidade de notas em circulação equivalia igual valor de ouro retido nos cofres dos bancos. As notas podiam, assim, ser convertidas, em qualquer momento, em ouro. 

7. Explicita o conceito de moeda fiduciária (da expressão latina fiduciariu, que depende de confiança).

 As pessoas confiam na moeda, aceitando- a portanto como meio de pagamento. Se as outras pessoas aceitam a moeda nós também aceitamos. Os indivíduos tem confiança no sistema monetário e por isso mesmo acabam por aceitar a moeda, porque os outros também assim o fizeram.  


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